Afogamento em Crianças

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O afogamento é causa frequente de morte não intencional em todas as faixas etárias, com aumento dos índices durante o verão. Essa é a segunda maior causa de morte acidental, e a terceira causa de morte externa entre crianças na faixa de um a quatro anos, sendo a piscina o local onde a maioria dos acidentes ocorre. No Brasil, 17 pessoas morrem afogadas todos os dias, sendo três delas crianças, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Em crianças com até 4 anos, a cabeça e os membros superiores são as partes mais pesadas do corpo e por isso perdem o equilíbrio com frequência ao se inclinarem para frente e também têm mais dificuldade para se reerguerem. Assim, que pequenas quantidades de água em baldes, bacias, banheira, vasos sanitários, são suficientes para ocorrer um afogamento. Crianças se afogam silenciosa e rapidamente e o acidente por acontecer em uma altura de água de apenas 5 a 8 centímetros em 30 segundos. Em geral, elas perdem a consciência em dois minutos. Após cinco minutos submersas, aumentam os riscos de sequelas, com danos cerebrais.

Adolescentes, com idade entre 15 e 19 anos também são considerados um grupo de risco para afogamento por terem comportamento mais impulsivo e se arriscarem mais, sendo que os meninos se afogam duas vezes mais do que as meninas. Uso de álcool, drogas, nadar sozinho, brincadeiras pouco seguras e esportes radicais são alguns dos fatores que se apresentam como maior risco nessa população.

São muitos os cuidados que devem ser tomados para evitar estes acidentes:

  • Não deixe o bebê ou criança sozinha na banheira, piscina ou qualquer reservatório de água nem por um instante. Eles devem estar a, no máximo, um braço de distância;
  • Não deixe baldes, bacias ou outros recipientes com água ao alcance de crianças menores de 5 anos. Piscinas portáteis devem ser esvaziadas e desmontadas após o uso;
  • Mantenha tampas de vasos sanitários sempre abaixadas, de preferência com travas específicas;
  • Não deixe atrativos, como brinquedos, próximos ou dentro reservatórios ou recipientes de água;
  • Não confie em boias ou outros dispositivos de flutuação que não sejam coletes salva-vidas;
  • Não permita que seus filhos nadem em piscinas onde não haja proteção nos ralos quanto à sucção de cabelos, correntes, partes do corpo, como tampas abauladas específicas, sistemas de desarme de motobomba, etc.

 

Em caso de emergência, chame ajuda e ligue para o número do Corpo de Bombeiros (193) ou do Samu (192).

 

Fontes:

  1. Ministério da Saúde
  2. Sociedade Brasileira de Pediatria

 

Dra. Larissa Kallas Curiati é médica formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com residência médica em Pediatria e Endocrinologia Pediátrica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Possui Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Título de Especialista em Endocrinologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Plantonista do Serviço de Pronto Atendimento Infantil e da Enfermaria de Pediatria do Hospital Samaritano e membro da equipe de endocrinologia pediátrica do Hospital Samaritano e do Hospital Beneficência Portuguesa. Atende em consultório no endereço que consta no rodapé deste site.

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